As obrigações fiscais e legais têm um papel muito importante na utilização das soluções de gestão, ao ponto de serem a grande razão da sua adoção por parte das organizações. O tratamento destas obrigações tem também evoluído no tempo, na forma como têm sido tratadas pelas soluções de gestão, tendo como objetivo a simplificação e a interação com as entidades responsáveis.
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As soluções de gestão estão hoje a evoluir para um novo paradigma.
Para trás ficaram as necessidades mais básicas de primeira informatização, a posterior integração entre os módulos de gestão e vendas com os stocks e as encomendas ou, mais sofisticado ainda, as vendas diretamente a descarregarem nos módulos de contabilidade. |
Em pouco mais de 15 anos assistiu-se a uma evolução de um período em que se falava da integração da informação na solução de gestão, para uma integração completa entre a gestão transversal da empresa e a gestão do respetivo core business. Mais um passo e já se falava da interação entre entidades, como por exemplo com os sistemas de EDI - Electronic Data Interchange, apenas utilizados quase exclusivamente para quem negociava com as grandes empresas de distribuição.
E com a rápida expansão da Web, as necessidades de expansão dos sistemas de gestão das empresas passaram a incluir como requisito a integração de informação das entidades com que as empresas se relacionam – Clientes, Fornecedores e Estado.
À medida que as soluções de gestão foram evoluindo, foram procurando entregar às empresas a possibilidade de as pessoas se focarem no seu negócio e os sistemas tratarem de uma forma inteligente o apoio e suporte à decisão. Hoje os sistemas são ricos em informação e na forma como a disponibilizam.
Não se trata apenas de informação, mas de determinada informação, adequada a cada necessidade. E a integração e troca de informação no ecossistema em que a empresa se insere é definitivamente uma realidade.
Neste contexto, as obrigações fiscais e legais têm um papel muito importante na utilização das soluções de gestão, ao ponto de serem a grande razão da sua adoção por parte das organizações. O tratamento destas obrigações tem também evoluído no tempo, na forma como têm sido tratadas pelas soluções de gestão, tendo como objetivo a simplificação e a interação com as entidades responsáveis.
Estamos hoje no auge desse tratamento, a partir do momento que essa ligação se faz através de um relatório recorrente, como é o caso do SAF-T mensal.
Acreditamos que para as empresas esta pode ser uma forma simples de cumprir com um conjunto de obrigações, mas que ao mesmo tempo se pode transformar numa grande alavanca para retirarem maior partido das soluções que servem de suporte à gestão e que podem ser ainda mais otimizadas.
Marca-se pois um grande momento, já que a partir de agora esta ligação com as entidades fiscais/legais tem uma duração contínua e passa a fazer parte da gestão corrente das empresas. Não se trata de uma atualização dos sistemas de gestão, para que passem a cumprir com um novo formato, mas sobretudo de uma nova forma de gerir a relação entre empresas e as entidades fiscais.
O facto de as empresas terem de regularmente atualizar informação corrente da sua atividade faz com que os sistemas de gestão tenham que assumir o tratamento dessa informação de uma forma mais inteligente e mantê-la devidamente atualizada. Assim, os sistemas de gestão terão que ter uma nova dimensão – a gestão da interação entre as empresas e o estado.
É, pois, um bom momento para tirar partido dos sistemas de gestão, numa perspetiva temporal contínua e de aumento da agilidade do negócio.